O surgimento e a evolução das Bolsas de Couro
A primeira Bolsa conhecida na História da Humanidade
A primeira bolsa de que temos notícia é datada do Século V, no período que conhecemos como Antiguidade Clássica. Tudo indica que o seu uso nasceu da necessidade dos antigos carregarem seus objetos indispensáveis à vida da época, como moedas, ervas medicinais, leques, relíquias, livros de oração e pedras preciosas.
Desde os primeiros modelos conhecidos, as bolsas eram feitas em couro curtido de animais. Assim como muitas vestes da época, que protegiam do frio, das intempéries e auxiliavam até mesmo em combates e caçadas, já havia roupas e armaduras feitas de couro.
Daí para a produção, ainda que rudimentar, de bolsas também fabricadas em couro foi uma consequência natural, já que o material já era reconhecido
por sua resistência e durabilidade. Graças a essas características conseguimos encontrar, mais de 1500 anos depois, um exemplar que conta pra nós essa História.
Quando as bolsas passaram a ter um papel estético?
Por mais de 1000 anos as bolsas eram praticamente limitadas à sua funcionalidade, não havendo uma maior preocupação estética. No final do século XIX, a princesa Alexandra da Dinamarca lançou a moda das Chatelaines, bolsas pequenas amarradas por correntes à cintura. E com isso alçou as bolsas a um novo patamar. Agora elas eram também objetos de desejo, não importando mais somente sua função de levar os pertences, mas também seu papel como adereço de estilo e elegância.
O século XX e os grandes estilistas que fizeram Bolsas Icônicas
A crescente valorização da moda e do papel das bolsas como adereço lançado no século anterior se aceleraram bastante no Século XX. Aliás, como praticamente toda a indústria, a fabricação de bolsas evoluiu mais no século passado do que nos 10 séculos anteriores.
Logo na primeira década do século passado surgiu um componente aparentemente banal, mas crucial para as bolsas e toda a indústria da moda, e é claro, a indústria de bolsas: o fecho por zíper. Isso tornou muito mais prático o processo de abrir e fechar uma bolsa e possibilitou o surgimento de muitos modelos.
Além disso, o século foi marcado pelas transformações sociais dos dois períodos pós-guerra, além do crack da bolsa de valores em 1929, que acabaram abrindo as portas do mercado de trabalho para as mulheres, então consumidoras preferenciais das bolsas e acessórios.
O século XX e os grandes estilistas que fizeram Bolsas icônicas
Se toda indústria que evolui tem seus nomes de destaque, na indústria de bolsas podemos dizer que temos uma trinca de ouro que elevaram a categoria a objetos de desejo em todo o mundo: os estilistas Louis Vuitton, Hermès e Coco Chanel. São desses 3 ícones da moda alguns modelos que influenciaram praticamente todas as marcas que surgiram depois.
No intervalo entre as décadas de 30 e 50 do século XX LV, Hermès e Chanel lançaram modelos que redefiniram todos os padrões de bolsas e acessórios que conhecíamos até então. E alçaram os itens a objetos de luxo, que até hoje mexem com o desejo e a imaginação de pessoas por todo o mundo. Embora seja um item para bem poucas, já que os produtos dessas marcas passam facilmente da casa da dezena de milhares de reais.
A bolsa volta a fazer sucesso com os homens no final do século XX
As últimas décadas do século XX marcam a volta do interesse masculino em bolsas e acessórios descolados. Até então bolsa de homem era sinônimo de modelos caretas e praticamente restrito somente às Pastas Executivas. Porém, a revolução sexual dos anos 70 refletiu diretamente na moda, que proporcionou uma liberdade muito maior para todas as formas de expressão. Com isso, a moda masculina também se beneficiou, incorporando elementos como cores, texturas e modelos que até então não eram usados.
Na década seguinte, o colorido e o exagero dos anos 80 também fizeram o seu papel de diversificar ao máximo o visual masculino.
Não somente as roupas, como as bolsas e acessórios não eram mais fabricados somente em tons neutros e modelagens tradicionais. A popularização dos notebooks e a possibilidade de levar o escritório nas costas iniciada nos anos 90 e intensificada nos primeiros anos do século XXI impuseram mais ainda a necessidade de tanto homens quanto mulheres investirem em bolsas para trabalhar.
Conheça a História da Relicário Bolsas e Pastas
Agora que chegamos ao Século atual, está na hora de contar um pouquinho da nossa História. O ano era 2008 e a marca surgia quando o artesão George Silvério, criado em meio a bolsas desde a infância, precisava dar uma identidade às bolsas que vendia junto com sua mãe na Feira Hippie de Belo Horizonte.
Em 2010 a Relicário Bolsas e Pastas chegou ao e-commerce, uma época em que as compras online eram muito menos comuns. Foram anos de aprendizado em um novo mundo, o do e-commerce, e todas as ferramentas que compõem o Marketing Digital e a produção de Moda. A Internet deu a força necessária para expansão da linha de produtos e, em 2012, a Relicário deixou de ser produzida em um atelier com 1 profissional e 2 ajudantes e montou sua própria fábrica.
De lá pra cá, o mix de produtos saltou de 6 modelos para mais de 200 modelos diferentes, dentre as variedades de bolsas, pastas, mochilas, carteiras e acessórios. E consolidou o couro, aquele mesmo material usado na primeira bolsa de que temos notícia, como principal matéria-prima utilizada em seus produtos.
Por que o nome Relicário Bolsas e Pastas?
Você reparou que desde o surgimento das bolsas os homens e mulheres já a utilizavam para levar Relíquias? Segundo o Dicionário Michaelis Online, uma das definições de Relíquia é “coisa preciosa a que se dedica grande apreço”. E foi com esse pensamento que chegamos ao nome Relicário, já que fazemos bolsas e acessórios pensados para você levar o que tem de mais precioso.
A primeira Bolsa Relicário
Agora que já contamos a história da primeira bolsa que temos notícia no mundo e também a história da Relicário Bolsas e Pastas, vamos falar sobre o primeiro modelo que leva a nossa assinatura. A bolsa mais antiga que temos notícia com a nossa marca foi fabricada em 2008, já rodou bastante e é muito utilizada até hoje. Esse exemplar foi o modelo-piloto de nossa Bolsa de Viagem Alain, antes mesmo do modelo ter esse nome. Na época nós a conhecíamos apenas como Bolsa de Viagem. Confira abaixo como era e como ficou essa bolsa ao longo dos anos.
Fontes:
Portal Metrópoles – https://www.metropoles.com/colunas/ilca-maria-estevao/conheca-a-historia-de-cinco-bolsas-iconicas-da-moda
Wikipedia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandra_da_Dinamarca
Blog Toda Mulher – https://www.todamulher.com.br/moda/uma-viagem-pela-historia-das-bolsas
Revista Super Interessante – https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-foi-inventado-o-ziper
Sindicato das Indústrias do Couro do Estado de São Paulo – http://www.couro.org.br/
Autor:
George Silvério
Sócio-fundador da Relicário, começou ainda adolescente a trabalhar com bolsas. Fundou a empresa em 2009 e hoje coordena os canais digitais da Relicário.